Quem nunca errou na sua vida? Quem nunca cometeu um ato que depois se arrependeu?
Devemos ser julgados e condenados toda a vida por um erro passado, tenha sido ele muito passado ou recente?
Quem somos para julgar os outros, os condenarmos pelas suas atitudes?
Somos juízes? Somos Deus? Quem somos afinal? Quem nos julgamos para continuarmos a acusar e julgar falhas passadas nos outros?
Errar é humano.
E se reconhecemos o erro, se pedimos desculpa, porque continuar a acusar? Porque continuar a julgar?
Não merecemos uma oportunidade de nos redimirmos, de acertarmos com o caminho correto, caminho esse ditado pela nossa consciência e não pelos olhares acusadores do mundo?
Às vezes até somos julgados e condenados por erros e atitudes que não cometemos, simplesmente porque não seguimos os padrões de vida de quem nos julga e condena.
Teria aqui pano para mangas…mas deixo apenas este desabafo…olhemos em 1º lugar para nós mesmos, para o que fazemos ou não fazemos, para quem somos, se somos isentos de culpa ou erro e depois…depois…olhemos para os outros, não com olhos e atitudes condenatórias, mas para pessoas que vivem, erram e acertam como qualquer ser humano.
Não há pior ofensa do que alguém nos julgar e condenar por algo que não fizemos, por algo que não tem nada a ver com a nossa forma de estar e viver.
Já se questionaram porque as pessoas têm a eterna mania de julgar os outros? Porque se acham tão isentas, tão moralistas, que tudo o que foge aos seus padrões é condenável?
Temos obrigações sociais a cumprir, obrigações no trabalho e na família, mas não somos a consciência colectiva, não somos detentores de verdades absolutas para olharmos para os outros e lhes apontar o dedo.
Erros todos cometemos…acertos também…e não nos esqueçamos que a medida com que julgarmos os outros será a medida com que seremos julgados…por quem?
Acima de tudo e para além de tudo…pela nossa consciência.
Angelis
Sandro Samuel - 20/Nov/2013